
A prefeitura de Coruripe reuniu histórias de mulheres incríveis, que fazem a diferença em nossa cidade e vale a pena você conhecer
Texto: Anne Rose
Fotos: Roberto Miranda
O Dia Internacional da Mulher não é um dia meramente voltado à simples homenagens às mulheres. Ele precisa ser mais que isso e nos convida a fazer uma reflexão sobre a importância da mulher na sociedade e a história de luta de cada uma delas.
O município de Coruripe é um lugar de mulheres que se destacam por suas trajetórias de luta, garra e perseverança, e a Prefeitura Municipal de Coruripe escolheu algumas dessas mulheres de fibra, de várias áreas de atuação, para contar um pouco de suas histórias e assim homenagear a todas, neste dia 08 de março.
A enfermeira Suzana Maria Rocha Cavalcante atua no Centro de Triagem Covid-19 Coruripe desde o início da pandemia e contou um pouco de suas vivências.
“Sou casada, tenho um filho, e desde cedo sempre gostei de cuidar de gente, comecei pelos meus familiares e vizinhos, e até tentei trabalhar em outras áreas como Educação e Administração, mas a Saúde já tinha me escolhido, então decidi me render e percebo que fiz a escolha certa. Ser profissional de Saúde principalmente em tempos de pandemia é desafiador, mas precisamos colocar o amor ao coletivo acima dos sentimentos individuais e fazer a nossa parte com muito mais carinho, compromisso e dedicação”.
Roseane Alves da Silva trabalha como “Margarida” na Secretaria de Limpeza Pública de Coruripe há 13 anos e contou que não se importa em ser chamada de gari, disse que tem orgulho da profissão.
“Minha profissão me traz muitas alegrias e uma delas é poder contribuir para a melhoria da minha cidade e do meu bairro. Faço o meu trabalho com muito carinho e respeito todos os dias e fico feliz e orgulhosa quando encerro a jornada e vejo tudo limpo e organizado. Então penso, hoje eu contribuí para que minha cidade ficasse mais bonita e agradável”.
A professora Verônica Maria da Silva, que atua no município há 20 anos, destaca a importância da educação na construção de uma sociedade mais justa e consciente.
“Sou apaixonada pela Educação e sempre digo que a escolhi quando ainda era uma menina e estudava na escola da fazenda. Ali, de uma forma simples entendi que só a Educação transforma e é essa mensagem que levo para os meus alunos. Através do conhecimento podemos mudar o rumo das nossas histórias e da sociedade”.
Dona Maria Benedita, conhecida como Dona Traíra, é a Mestra do Mané do Rosário e Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana. O Mané do Rosário é um folguedo tradicional do povoado Poxim e surgiu no ano de 1762, quando estava sendo construída a Igreja de São José, padroeiro daquele Povoado. A fé e devoção ao padroeiro São José e amor ao folguedo passado de geração em geração a mantém de pé.
“Sou uma mulher forte, guerreira e apaixonada pelo Mané do Rosário. Aprendi a gostar e a dançar com minha querida avó Dona Josefa, quando ainda era criança. Casei, construí uma família com 21 filhos, 30 netos e 6 bisnetos, trabalhei na roça e pesquei para criar todos com dignidade, mas nunca deixei de lado o meu amor e devoção por São José do Poxim e pelo Mané do Rosário, viver tudo isso me torna uma mulher mais feliz e realizada”.
Outra mulher que merece destaque é a dona Maria José dos Santos, conhecida como Maria do Padeiro. Ela tem 75 anos, é mestra das Baianas do distrito de Barreiras desde o ano de 1997 e aprendeu a dança popular com a finada Maricô, mestra de guerreiro e baiana. Começou brincando o pastoril, depois conheceu as caboclinhas e o guerreiro. Seu grupo atual, as Baianas Praieiras das Barreiras já dançou em vários locais e eventos, como o Museu Théo Brandão, e cidades do interior do estado.
O amor pela leitura fez a professora aposentada Juvina Alice Reis trabalhar em tempo integral ajudando crianças e idosos com o Projeto Carroça Viajando na Leitura.
“Tenho muito orgulho de toda trajetória do Projeto Carroça Viajando na Leitura ao longo desses 15 anos, pois levamos leitura às ruas e praças do distrito de Barreiras com o objetivo de despertar nas crianças e adolescentes o gosto e o hábito de lê de uma forma lúdica e prazerosa. Aprendi com minha mãe, professora Edith Possidônio que só através da leitura e da busca pelo conhecimento é que podemos buscar o nosso espaço na sociedade”, frisou Juvina.
Maria Iracema da Silva tem 73 anos, é aposentada e trabalhou a vida inteira como marisqueira nos rios e lagoas da região para criar os filhos na comunidade do Poxim.
“Sou uma mulher de muita fé e coragem, trabalhei por mais de 40 anos como marisqueira para criar meus 6 filhos e sempre os ensinei o caminho da fé, do trabalho e da honestidade. Sou grata a Deus por tudo que ele me proporcionou”.
Que toda mulher seja o que quiser ser, que barreiras sociais, de cor, raça ou religião não a impeça de realizar grandes conquistas. Feliz Dia Internacional da Mulher!